Calma sonho meu, eu logo chego.

quarta-feira, 30 de junho de 2010 2 comentários
Faz tanto tempo que não falo sobre sonhos, até parece que eles morreram dentro de mim. Tanto tempo que não paro tudo e fico vislumbrada ao imaginar o que Deus tem pra mim. Tanto tempo que não choro ao me lembrar dos meus sonhos. Não. Eles não morreram. Não dizem por aí, quase de forma clichê, que os sonhos de Deus jamais vão morrer (♪♪), então. Eles ainda estão aqui. Talvez estejam dormindo um pouco, para não me sufocarem. Sim. Às vezes eles me sufocam. Às vezes eles acabam comigo, me sugam a energia. Às vezes por causa deles, entro em desespero, quase em colapso.

E às vezes por causa deles me sinto nas nuvens, capaz de tudo, e tão velozmente, subitamente, eles mesmos me derrubam ao chão, e a queda quase nunca é pequena. Ela me afeta, ela me machuca, abre feridas, me faz desanimar, me faz querer desistir. Por causa deles minha vida mudou radicalmente. E quem pode dizer se foi pra melhor ou não? Deus? Eu mesma? Creio que sim. Tanto tempo se passou, e eu me pergunto: será que é capaz para um mero ser humano, pó como só ele sabe ser, limitado em toda a sua forma de pensar, se manter fiel a um sonho, manter a garra do início até o final? Respondam-me os fortes! Os fracos são saberiam a resposta, jamais! Eles não passaram por isso, eles nem sequer chegaram a sonhar. Preferiram o comodismo de suas vidas medíocres. Que me respondam os fortes! Aqueles que no meio da jornada pensaram sim, em voltar atrás. Aqueles que por muito sonharem, muito caíram e se machucaram. Aqueles que já trocaram os pés pelas mãos. Aqueles que já fizeram cagadas tentando apressar a realização do seu sonho. Aquele que é precipitado. Aquele que erra. Aquele tal do cara normal sabe. Nada de exemplos inalcançáveis. Nada de modelos impossíveis. Quero referências de verdade, concretas, reais, humanos o bastante para não me fazerem sentir uma ET nesse mundo maluco. É com eles que quero aprender. É com eles que quero caminhar. É como eles que quero sonhar. Meus sonhos não morreram, eles estão aqui, e como disse, talvez adormecidos, para acordarem no momento certo. Enquanto isso, ficar parada inerte a tudo a minha volta não é minha escolha. Me igualar aos fracos? Jamais chère! Sem perceberem, e nem precisam, eu vou. Sem desconfiarem, e se também pouco me importa, estou à caminho. Antes de começarem as críticas, sinto dizer que estou muito mais longe do que imaginam. E voltar atrás não é comigo.

Calma sonho meu, eu logo chego. 

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