Hoje é normal vermos grupos de jovens que se identificam com uma causa, com a forma de se vestir ou de ser de uma determinada “tribo”. É o caso dos Sk8tistas, PUNK´s, EMOs, Pagodeiros, Nerd´s, Esportistas, enfim, são diferentes grupos que defendem uma forma de ver e, principalmente, de viver a vida. Isso tudo faz ressaltar uma pergunta: Como lidar com uma geração fragmentada em tribos?
Bom, só conseguiremos responder esta pergunta se entendermos o que Jesus falou aos seus discípulos quanto a sua identificação com a sociedade.
Os líderes de jovens acreditam que os evangélicos devem ter uma marca que os identifiquem como “povo de Deus” em relação às outras pessoas da nossa sociedade. E com isso todos nós concordamos, o problema é que muitos trocaram a forma pelo conteúdo e isso tem gerado religiosos ao invés de pessoas parecidas com Cristo.
Jesus, quando viu que os discípulos estavam apavorados por terem percebido que Ele iria “embora” e eles não teriam mais uma referência clara de conduta, falou: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” Jo 13:34,35 (NVI)
O que tem de novo nesse mandamento? Amar uns aos outros? Não, isso já tinha desde o antigo testamento. O novo mandamento é ser identificado somente pelo amor. A busca de um estereótipo para os evangélicos é um tiro no pé, é a volta ao antigo, é ir em direção a religião e não a Cristo.
O beijo de Judas para identificar o mestre não foi porque Jesus estava escondido, foi porque os soldados não sabiam quem era o líder, pois Jesus não tinha roupa ou aparência diferenciada.
Não devemos ter a tribo dos jovens evangélicos, devemos ter Sk8tistas cristãos, EMOs cristãos, PUNK’s cristãos, assim como na política, na arte, e em outras áreas de nossa sociedade. Criar uma sociedade evangélica só favorece as raposas do mercado evangélico, mas joga contra a expansão do Reino de Deus.
Talvez agora possamos tentar responder a pergunta que aflige os líderes de jovens e adolescentes dessa geração: Como lidar com uma geração fragmentada em tribos?
Não tem como discipular essa geração a distância, precisamos entender cada fragmento, precisamos vivenciar e sentir na pele, precisamos nos encarnar na cultura assim como Jesus fez. Ele é o nosso paradigma de contextualização.
O problema é que é muito mais fácil trabalhar com a forma, com o exterior, dando broncas e colocando regras e mais regras. Como já disse antes: A lei tem que ser forte onde os relacionamentos são fracos. Mas se trabalharmos com a essência que é o amor de Cristo uns pelos outros, não só colocaremos uma marca indelével nos jovens, mas transformaremos uma geração toda.
A nova geração está desfragmentada em tribos, devemos ser diferentes lá dentro de cada pedaço, no núcleo de cada uma, trabalhando para uni-los em um elo nunca visto antes por eles, um elo que está na essência e não nos estereótipos, o elo possível entre tribos e seres humanos, chamado amor de Jesus Cristo.
[Artigo originalmente escrito para a Revista Ideao]
3 comentários:
Concordo com suas palavras Camila. A religião é algo criado pelo homem, devemos nos voltar é para Cristo, procurando se parecer com Ele, independente da tribo, como você tratou aqui, devemos ser um só corpo em Deus!
beijos
Adorei o seu blog...
Na loucura não deu pra deixar um comentário em todos os textos...
Fique com Deus...e continue nos abençoando.
Valeu!!!!
Olá querida! Como estás?
Estou te seguindo aqui, ok?!
Amo seus textos no JR e
estou amando o seu blog *-*
Que o Pai te abençõe ricamente.
Beijos ^^
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Se você chegou aqui algum motivo tem, mesmo que seja por acidente. Em todo caso, só lhe peço respeito. Com o que me escreve, e com o que faz com o que eu escrevo. Obrigada ;D