Quando olho para mim mesmo e vejo todos
as minhas vontades, desde as mais puras até as mais sujas, percebo que
na verdade o que eu mais preciso é de Deus. Eu preciso dEle. Não posso
negar isso. Posso tentar me satisfazer de diferentes formas ou maneiras,
mas nada me satisfaz de forma tão completa quanto Deus.
Cada vez que dou um passo em direção a
esse ser tão magnífico, algo dentro de mim acontece e sinto que já não
tenho prazer em coisas ruins. É como se aos poucos Ele restaurasse
dentro de mim a natureza que o homem tinha inicialmente: a santidade.
Não é uma santidade hipócrita nem uma
tentativa de “viver separado” para ser melhor visto socialmente,
alegando que na verdade sou separado porque sou dEle.
É incrível ver que quando Deus se fez
carne e habitou entre nós, andou no meio dos menos santos. Fico ainda
mais surpreso ao ver que viver e andar entre pessoas que não eram
santas, não o tornou menos santo. O resultado foi totalmente o oposto
disso, pois as pessoas que estavam ao redor dele se santificaram – e
isso não significou exatamente que elas foram para uma classe social
mais elevada – mas que os que se consideravam de uma classe social mais
elevada já não eram superiores.
Frequentemente falamos sobre santidade e
a vivemos religiosamente. Mas essa santidade brota mais de uma
metodologia do que de um relacionamento íntimo com Deus. E parece que
quanto mais atingimos essa santidade metodológica, mais nos esquecemos
de que nada valerá nessa santidade se ela não servir para nos aproximar
de Deus e refletir mais do caráter dEle em nós.
Olhando as pessoas que buscam essa
santidade metodológica (que muitas vezes encontro em mim mesmo) percebo
que ela serve como um troféu de“orgulho cristão.” Então vejo diversas
vezes muitas pessoas caindo no erro de achar que seu pecado é menor que o
pecado de um “não cristão”. Como que se o sacrifício de Cristo fosse
apenas para os que já estão sarados.
Por acaso Cristo não disse que ele veio
para os enfermos? Ele por acaso deixou sua santidade por cumprir sua
missão? É claro que não!
Nosso chamado à adoração não contradiz
nosso dever de pregar o amor de Deus. Todos foram criados para “louvar e
adorar” e chamados a viver o amor dEle. Cristo viveu em santidade, se
relacionando com o pai e não deixou de cumprir sua missão.
Se nossa santidade nos servir de orgulho
não é a santidade de Deus refletida em nós, mas uma metodologia que nos
serve de ascensão social (que também não servirá de nada).
A santidade metodológica é tóxica, pois
ela nos cega do Deus verdadeiro, nos levando para perto de um Deus que
nós mesmos criamos e imaginamos como Ele é. A santidade fruto do
relacionamento com o Deus verdadeiro, nos levar para perto dEle e faz
com que seu caráter seja refletido em nossas vidas.
Não faça as coisas por fazer. Não viva
por regras. Viva guiado por Deus. Encontre-o em sua Palavra, em uma
canção que revela seu amor. Encontre-o em uma poesia que revela os
segredos do Criador em suas entrelinhas. Encontre-o no silêncio ou na
agitação da cidade, mas não crie métodos para encontrá-lo.
A Santidade de Deus está somente nele e
não há nada que possamos fazer para consegui-la, a não ser nos
aproximarmos dEle e o obedecermos.
3 comentários:
Abner Arrais... o prodígio de sempre.
Conhecendo o teu blog e ameei, já estou seguindo, quando der faça uma visitinha no meu blog =)
Beijos
jovememulherdedeus.blogspot.com
Amei seu blog!!!
Quando quiser passe em:
acasoscontados.blogspot.com
Bjm
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Se você chegou aqui algum motivo tem, mesmo que seja por acidente. Em todo caso, só lhe peço respeito. Com o que me escreve, e com o que faz com o que eu escrevo. Obrigada ;D